Ana MastrochiricoA partir de hoje, dia 28/01 iniciarei o projeto 365 dias de brechó. Para entender melhor leia o texto abaixo e acompanhe a minha saga em busca de uma forma de consumo mais consciente.
Bem, esse projeto é algo que ja venho querendo realizar a algum tempo. O objetivo é bem simples, passar 1 ano, exatos 365 dias, comprando apenas roupas em brechós/bazares e quando necessário confeccionar (costurar, por que não da pra produzir o tecido né!? rs) minhas próprias roupas. Esse projeto surgiu como uma forma de protesto contra o trabalho desumano que é adotado na maioria das fast fashions do mundo. Depois de assistir o documentário do jornal norueguês Aftenposten “Sweatshop Deadly Fashion”, onde algumas blogueiras são convidadas a passar alguns dias no Camboja e a conhecer a rotina de quem produz as roupas que elas usam para montar seus looks do dia, fiquei impressionada com o tipo de trabalho a que são submetidos os trabalhadores da área e como recebem um valor muito abaixo do que o que pagamos por uma roupa nas lojas de departamento. Claro que não posso ir la no Camboja e mudar a vida dessas pessoas, mas a compra em brechó, a reutilização de roupas, o escambo entre amigas, costurar sua própria peça de roupa pode ser o começo de uma nova forma de pensar, agir e boicotar os famosos fast fashion.
Ja tem algum tempo que sou adepta das compras em brechós, mas admito que as lojas de departamento são o meu ponto fraco, o de qualquer mulher, eu acho! Mas achar que montou um look legal com peças baratinhas e que com isso esta arrasando, é um grande engano. Você ajuda sim o seu bolso, mas quem a fabrica, la do outro lado do mundo só tem o bolso prejudicado enquanto você se da bem! Uma nova forma de produzir que esta sendo adotada por algumas marcas é o Slow fashion, que propõe uma nova forma de produzir e consumir. O produto é fabricado com materiais naturais de qualidade, todas as pessoas que trabalham no processo são valorizadas e recebem o justo pelo que produzem, a produção é em baixa escala e os locais de produção são mais parecido com ateliês do que com fábricas. O preço final das roupas produzidas por sua qualidade e produção justa acaba saindo um pouco alto para o consumidor, nada tão exagerado, mas nesse momento essa opção pra mim ainda é inviável, por isso optei pelos brechós e costurar minhas próprias roupas.
Como vai funcionar o projeto?
Quando a Garimpo ainda era um blog eu costumava fotografar alguns “look’s Brechó”, onde eu sempre vestia algo que encontrava em um brechó e tentava fazer uma produção legal, dentro do meu estilo, é claro. O projeto vai funcionar assim, com os looks com peças de brechó, alguns vídeos de visitas a brechós, e o dia-a-dia das minhas peripécias com a máquina de costura em fotos ou vídeos. E quando a abstinência de compras bater eu venho aqui chorar as pitangas também, afinal, não sou de ferro!
O projeto começa HOJE e daqui 365 dias espero ser uma pessoa mais consciente, menos consumista e um ótima costureira. Acho que esse projeto é um pouco do que espero pra esse ano, valorizar o que é importante e ter autocontrole.
Espero ser forte e alcançar o objetivo final, e espero também que você me acompanhe aqui na Garimpo! Pra saber quando teremos post novo basta acompanhar a Garimpo no face, clicando aqui.
No mais, me deseje sorte!?
#365diasdebrecho